Cotidiano
A cantora Raquel Virginia, vocalista da banda As Bahias e a Cozinha Mineira, disse ter presenciado um caso de racismo no shopping Bourbon, na Pompeia, zona oeste de São Paulo.
A cantora Raquel Virginia, vocalista da banda As Bahias e a Cozinha Mineira. / Reprodução/Instagram
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A cantora Raquel Virginia, vocalista da banda As Bahias e a Cozinha Mineira, disse ter presenciado um caso de racismo no shopping Bourbon, na Pompeia, zona oeste de São Paulo. Após tentar intervir ela teria sido xingada por um dos seguranças.
O caso aconteceu na última quinta (7), por volta das 20h. Raquel estava andando no shopping quando viu um grupo de seguranças cercando adolescentes negros.
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"Ouvi um menino falando para outro: 'Você fez alguma coisa?'. Ele respondeu que não. Aquilo me chamou a atenção e perguntei para os meninos o que estava acontecendo", afirma Raquel.
Os seguranças disseram que eles estavam averiguando o que tinha acontecido, porque houve a reclamação de uma loja.
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"Questionei, então, por que eles estavam prendendo os meninos ali. Só para ver se algo aconteceu? Não. Simplesmente não. Tirei eles de lá e saí com eles pelo shopping", conta.
Ela e "os quatro ou cinco adolescentes" seguiram para a loja onde eles estavam antes de serem abordados. No caminho, encontraram outro grupo de seguranças e houve mais uma discussão.
"Eu comecei a filmar e um deles veio para cima de mim, dizendo que se eu publicasse o vídeo seria processada. Chamei eles de racistas, gritando", diz.
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Raquel seguiu para a loja com os adolescentes e depois se separou do grupo para fazer compras. Quando estava de saída do shopping, cruzou com um dos seguranças.
"Ele ficou olhando para as minhas sacolas. Eu disse: 'Pode olhar, sou rica, comprei bastante coisa e tudo coisa cara. Fruto de estudo e competência'. Ele me respondeu: 'E pra ser puta e fazer programa precisa estudar?'."
Raquel denunciou o caso em sua conta no Instagram.
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Para ela, não pareceu uma ação isolada. "Não me pareceu um erro de um grupo, parecia um procedimento comum", afirma.
O shopping Bourbon afirmou por meio de nota que repudia qualquer forma de racismo e ato discriminatório. A companhia informa ainda "que todos os procedimentos e protocolos de abordagem a clientes estão sendo reavaliados junto à empresa terceirizada responsável pela segurança do shopping".